Homenagem : Ten. Cel Carlos Miranda “O Vigilante Rodoviário”
Homenagem
“Neste triste em que perdemos uma das maiores figuras que levou por décadas a imagem dos policiais rodoviários como heróis, queremos render homenagens especial ao lendário Ten. Cel Carlos Miranda “O Vigilante Rodoviário’ que nos anos 60 encantava todas as crianças com suas histórias e hoje nos deixa.
Símbolo de uma geração, ele foi o primeiro super herói brasileiro de uma série de TV, deixando uma marca indelével em todos que o acompanharam. Sua criatividade, competência e dedicação o transformaram em um ícone, que mais tarde se tornou um Policial Rodoviário.
Criado em 1961 por Ary Fernandes, a série “O Vigilante Rodoviário” teve como principal ator Carlos Miranda e o cão Lobo. A série teve um total de 38 episódios produzidos pelo próprio Ary Fernandes, o qual tem o direito dos originais até hoje e os mantém bem guardados.
Transmitida pela extinta TV Tupi, a série “O Vigilante Rodoviário” era de um herói sem truques e efeitos especiais, usava as armas comuns de um policial e só atirava dentro dos limites legais. As suas vantagens estavam na habilidade do cão Lobo, na máquina do seu Simca Chambord e na moto Harley Davidson 1200cc.
Lobo, cujo nome verdadeiro era King, pertencia ao soldado Luís Afonso, da extinta Força Pública do Estado de São Paulo e tinha cinco anos quando começou a série. O animal apegou-se a Carlos e com ele ficou até a morte.
A Simca do Brasil cedeu cinco automóveis modelo Chambord para a série, dois deles foram pintados com o logotipo da Polícia Rodoviária nas portas e ficaram conhecidos como o ‘Simca do Vigilante‘. Nas rodovias, a Polícia Rodoviária não utilizava esse modelo de veículo.
A moto Harley Davidson 1200cc (1952) pertencia à Polícia Rodoviária Estadual. Posteriormente a máquina foi adquirida por um colecionador da cidade de Bebedouro, no Estado de São Paulo, onde se encontra em um museu particular.
Da tela para a vida
Em 1965, após o encerramento do seriado, Carlos Miranda ingressou na Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, onde começou como segundo tenente e seguiu carreira até 1988, quando foi reformado na condição de tenente coronel. Em 1995, a sala de imprensa do Comando de Policiamento Rodoviário recebeu o nome de Tenente Coronel Carlos Miranda “O Vigilante Rodoviário”.